“O Brasil tem a 5ª maior taxa de feminicídio no mundo”, dado apresentado pela advogada, Ana Elsa Munarini, durante palestra no primeiro dia do Curso de Formação de Promotoras Legais Populares, realizado pelo Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA), Centro Ecumênico de Capacitação e Assessoria (CECA) e Fundação Luterana de Diaconia (FLD), com apoio da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Igreja Evangélica Luterana na América (ELCA, em inglês) e da agência Pão Para o Mundo (PPM).
Os dados ilustram a realidade das mulheres no Brasil e no mundo, enfrentando situações de violência patrimonial, moral, sexual, física e psicológica, em todas as esferas, classes sociais e etnias.
O curso, que é dividido em três módulos, visa capacitar na área de gênero e de grupos organizados por gênero, a buscar a promoção de equidade entre homens e mulheres e de enfrentamento de todos os tipos de violência.
Roni Bonow, da Coordenação ampliada do CAPA, frisou a importância do projeto, para reforçar as ações de autonomia, de fortalecimento das mulheres nos espaços públicos e no protagonismo das agricultoras nas propriedades. “O CAPA faz agroecologia e na agroecologia buscamos os direitos, o protagonismo e a valorização das mulheres como sujeitas fundamentais em todos os processos, contra qualquer tipo de violência e perda de direitos”, completou.
As ações do projeto serão realizadas nas regiões de Pelotas, Santa Cruz do Sul e Erexim, áreas de atuação do CAPA, com atividades de formação local com grupos organizados de mulheres rurais, incluindo mulheres de comunidades tradicionais quilombolas, envolvidas no trabalho de agroecologia e produção de alimentos.
O curso conta com a participação de 35 mulheres, entre equipe técnica do CAPA, de mulheres das comunidades rurais, além de representantes de entidades com ações entre as trabalhadoras rurais.