Agricultoras e agricultores do Sudoeste do Paraná estiveram no Rio Grande do Sul no mês de janeiro para conhecer a produção de tomates rasteiros em Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH).
O SPDH é difundido como método de transição para agricultura agroecológica, permitindo manejo técnico com maior eficiência, reduzindo progressivamente o uso de agrotóxicos e adubos químicos até eliminá-los das lavouras.
O intercâmbio ocorreu nos dias 12 e 13 de janeiro. Foram promovidas visitas a unidades familiares que produzem tomates rasteiros em Charrua, Tapejara e Barão de Cotegipe, região Noroeste do Rio Grande do Sul.
A troca de conhecimento promovida pelo programa CAPA, da Fundação Luterana de Diaconia (FLD), teve o intuito de incentivar o desenvolvimento do SPDH no Sudoeste do Paraná, onde está sendo construída unidade de referência do projeto Innova Ecovida a fim de que as famílias agricultoras produzam e disseminem conhecimentos sobre o plantio direto. Em breve serão promovidas oficinas sobre o tema na região.
Aprendizagens
O agricultor Mauro Sergio Erdmann, onde a unidade de referência em SPDH está sendo instalada, em Verê, participou do intercâmbio. Para ele, o que mais chamou a atenção na produção de tomates foi a construção de estufas sequenciais. Segundo Mauro, esse formato reduziu o material utilizado na construção e possibilitou o aproveitamento da água das chuvas para irrigação da própria estufa. “As visitas foram muito produtivas!”, assegurou.
A agricultora Clarice Schroeder, de São Jorge D’Oeste, destacou que teve grandes aprendizados: “de cobertura de solo e manejo do tomate, que hoje posso aplicar em minha propriedade”.
Além das unidades produtivas, o grupo conheceu a agroindústria Doce Sabor, a Cooperativa Nossa Terra e seu supermercado, a sede do CAPA em Erexim e o laboratório de Homeopatia nela instalado.
“Acredito que as trocas foram enriquecedoras, sendo que todas as pessoas envolvidas estão em busca da produção de alimentos saudáveis e com qualidade de vida”, expressou Suélen Mazon, assessora técnica da equipe do CAPA em Verê.
Produção de tomates rasteiros
A produção de tomates rasteiros entre famílias agricultoras assessoradas pelo CAPA no Noroeste do Rio Grande do Sul, por meio do trabalho com a Cooperativa Nossa Terra e a Rede Ecovida de Agroecologia, iniciou com o envolvimento de quatro famílias. Hoje, já são 15 famílias diretamente envolvidas e 16 mil pés de tomates plantados.
De acordo com João Foschiera, assessor técnico do CAPA em Erexim, a cooperativa Nossa Terra tem sido um guarda-chuva que possibilita a comercialização da matéria-prima através de articulações de agroindústrias orgânicas certificadas, e fundamental para assegurar compras coletivas de mudas, insumos e equipamentos para a produção dos tomates.
“As ações ligadas à produção de tomates rasteiros agroecológicos têm animado a região do Núcleo Alto Uruguai da Rede Ecovida”, ressalta João. Isso se deve, segundo ele, à organização das agricultoras e agricultores em grupos da Rede Ecovida, à assessoria técnica para produção orgânica do CAPA e à comercialização da produção agroecológica garantida através da Cooperativa Nossa Terra.
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