“Estamos acompanhando um fechamento gradativo das escolas do campo em nível estadual. Em nível municipal a situação é mais drástica. Em Salto do Lontra (PR), nos últimos cinco anos fecharam três escolas municipais”, afirma Solange Barroso, da equipe pedagógica do Núcleo Regional de Educação de Dois Vizinhos (PR).
Solange comenta que “ao longo dos anos vem se esvaziando a população escolar no campo devido ao agronegócio e nossas escolas têm cada vez menos estudantes”. Para ela, uma maneira de reverter esse quadro está na atitude das famílias de verem esses estabelecimentos de ensino como um local seguro, saudável e de qualidade.
Na escola Pio X, em São Jorge d’Oeste (PR), assessorada pelo CAPA/Núcleo Verê, mais de um terço das crianças são de famílias que moram na cidade. “Mães e pais urbanos, acreditando na qualidade de ensino e matriculando filhas e filhos, podem contribuir para as escolas do campo continuarem de portas abertas”, enfatiza ela.
70 jovens no dia de campo
A aproximação de jovens da agricultura também depende das oportunidades oferecidas. O Dia de Campo na família Schiavon, em Pelotas (RS), que fez parte da programação da Semana do Alimento Orgânico, reuniu mais de 70 pessoas no dia 29 de maio. A grande maioria era jovem é vinculada à Escola Municipal de Ensino Fundamental Guido Timm Venzke, de Canguçu, e ao Curso Técnico em Meio Ambiente, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense, Câmpus Pelotas – Visconde da Graça.
O agricultor Nilo, que recebe assessoria do CAPA/Núcleo Pelotas, mostrou a propriedade da família (na foto) e explicou processos de cultivo de produtos orgânicos, entre eles o sistema agroflorestal.
O CAPA/Núcleo Pelotas possui uma parceria com a escola Guido Timm, desenvolvendo atividades voltadas para juventude na área da agricultura orgânica e no cuidado com o meio ambiente.