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2ª Jornada da Natureza: Semeando vida para enfrentar a crise ambiental

                 

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2ª Jornada da Natureza: Semeando vida para enfrentar a crise ambiental
7 de junho de 2024 Comunicação FLD
POR ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA FLD

Nos dias 3 e 4 de junho, a Fundação Luterana de Diaconia (FLD), através do seu programa CAPA – núcleo Verê, participou da 2ª Jornada da Natureza – Semeando vida para enfrentar a crise ambiental. O evento aconteceu no Paraná (PR), entre os dias 27 de maio e 08 de junho, marcando o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado dia 5 de junho.

A jornada reforça a integração de esforços por ações concretas para enfrentar a crise climática e ambiental, que já causa danos incalculáveis à vida, como a maior enchente da história do Rio Grande do Sul, e para melhorar e ampliar a produção de alimentos agroecológicos e orgânicos.

Dentre as diversas atividades promovidas durante o evento, destaca-se a semeadura aérea de cerca de 12 toneladas de sementes de palmeira juçara e de pinheiro araucária, espécies ameaçadas de extinção no bioma, além da instalação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) comunitários, plantio de mais de 17 mil mudas de árvores nativas e ainda a realização de cerca de 30 oficinas ambientais em vários municípios do estado.

Na segunda-feira (3), data que celebra o Dia Nacional da Mata Atlântica, aconteceram sobrevoos para a semeadura de sete toneladas de sementes de palmeira juçara, com o apoio de um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em áreas de reforma agrária em Quedas do Iguaçu, na região Centro-Sul do estado do PR, e oficinas e mutirões de plantio de mudas nativas.

A Terra Indígena (TI) Rio das Cobras, localizada em Nova Laranjeiras (PR), também contou com atividades da jornada na terça-feira, dia 4. Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas, Márcio Macedo, chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Fernanda Machiaveli, ministra interina do Ministério do Desenvolvimento Agrário, foram recebidas e recebido com apresentações culturais do povo Kaingang, realizadas pelo coletivo da Juventude Indígena Goykipyn, da TI Rio das Cobras, e pelo grupo Vanhga, da TI Água Branca de Tamarana.

“Além de promover a biodiversidade, a jornada destaca a importância da colaboração entre movimentos sociais, órgãos públicos, universidades e comunidades indígenas na defesa do meio ambiente e dos direitos dos povos tradicionais”, destaca Larissa Simão, assessora técnica do CAPA. “Em um contexto de crise ambiental global, ações como estas são essenciais para mitigar os efeitos das emergências climáticas e garantir um futuro sustentável. A presença de autoridades e a participação ativa das comunidades locais evidenciam o compromisso coletivo com a defesa do meio ambiente e dos direitos dos povos originários”, completa.

Foto: Larissa Simão/FLD

Desenvolvimento sustentável

Josué Evaristo Gomes e Graciely Lima Ribeiro Gomes são pessoas apaixonadas e estudiosas da palmeira juçara, estando profundamente envolvidas na recuperação da espécie no bioma local. A trajetória de Josué com a juçara começou ainda na juventude, quando vivia com sua família no assentamento Celso Furtado. Um dia, um vizinho mencionou que era possível fazer suco com o fruto daquela árvore. Esse comentário despertou a curiosidade de Josué, que passou a estudar mais sobre a palmeira.

Quando Josué se mudou para a comunidade onde vive atualmente, ele já tinha conhecimento da importância e do potencial econômico da palmeira juçara e sabia que era possível obter renda a partir dos frutos sem precisar cortar a árvore. Sentindo-se na obrigação de contribuir para a preservação da espécie, Josué e Graciely criaram uma agroindústria coletiva de polpa de juçara no pré-assentamento. Assim, trabalham pela recuperação da palmeira e ainda promovem uma alternativa sustentável para a comunidade, garantindo a preservação da espécie e uma fonte de renda para as moradoras e moradores.

Foto: Larissa Simão/FLD

Parcerias

A coordenação do evento foi do Movimento Sem Terra (MST) do PR e contou com a parceria de diversas instituições e órgãos públicos, como o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), além de universidades e cooperativas, fortalecendo a colaboração entre diferentes setores na busca pela sustentabilidade e da proteção do meio ambiente.

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