POR ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA FLD
No dia 19 de abril, data que celebra o Dia dos Povos Indígenas, o programa CAPA, da Fundação Luterana de Diaconia (FLD), organizou rodas de conversa em escolas estaduais do campo, nos municípios de Verê e São Jorge D´Oeste (PR), com a presença de pessoas indígenas para debaterem com estudantes sobre suas culturas e seus modos de vida.
O objetivo principal da atividade foi o de proporcionar a estudantes a oportunidade de compreenderem melhor as culturas indígenas e seus saberes ancestrais e de refletirem sobre os próprios pensamentos e ações e, com isso, ajudar a enfrentar o racismo pelo qual passam os povos e pessoas indígenas diariamente.
Dentre as pessoas envolvidas nas atividades, estavam Ana Caroline Neres, representante da Associação de Mulheres Indígenas, Dona Maria Eufrásio, do território indígena de Mangueirinha, e Joel Anastácio, assessor técnico do CAPA, indígenas do povo Kaingang.
A presença das pessoas indígenas permitiu uma conexão direta com as vivências e perspectivas das comunidades, trazidas por elas mesmas, proporcionando às e aos estudantes uma compreensão mais profunda e respeitosa. As rodas de conversa não apenas incentivaram a valorização da diversidade cultural, mas também promoveram a construção de pontes entre diferentes grupos étnicos e sociais e o seu protagonismo.
De acordo com Danieli Matei Mondardo, pedagoga das escolas Regente Feijó e Tancredo Neves, “o evento demonstrou a importância de promover a inclusão e o entendimento intercultural nas escolas, reconhecendo e honrando a contribuição dos povos indígenas para a riqueza cultural do nosso país. Este momento de diálogo e aprendizado foi um passo significativo em direção a uma sociedade mais inclusiva e respeitosa com toda a sua diversidade étnica e cultural”.
As atividades foram realizadas nas Escolas Estaduais do Campo Iolópolis, Nova Sant’ana, Regente Feijó e Tancredo Neves, com um total de cerca de 150 estudantes, dos sextos aos nonos anos.
De acordo com Larissa Simão, assessora do Programa CAPA, a ação foi de extrema importância para compartilhar informações e provocar reflexões entre as pessoas participantes, buscando explicar processos históricos de construção de preconceitos e estereótipos sobre as pessoas indígenas. “As rodas de conversas foram enriquecedoras, levantando uma série de perguntas e reflexões por parte dos estudantes. Os participantes compartilharam suas experiências e conhecimentos, oferecendo uma visão autêntica da rica diversidade cultural dos povos indígenas, desde tradições ancestrais até questões contemporâneas enfrentadas pelas comunidades, tornando o diálogo abrangente e rico”, explica Larissa
Apoio e protagonismo
A FLD tem estado, ao longo dos anos, junto com pessoas indígenas na promoção de justiça, direitos e no enfrentamento ao racismo, através dos seus programas COMIN e CAPA.
Sua visão é promover o respeito e o direito às diferenças como um direito humano fundamental, na perspectiva de uma sociedade multiétnica e pluricultural, criando parcerias e atuando no apoio e no assessoramento às organizações e comunidades indígenas.
Seu trabalho parte do princípio e do compromisso de apoiar as prioridades colocadas pelos povos e comunidades indígenas, respeitando seu jeito de ser e suas culturas.