Com o tema Resistir para Existir, começou nesta quarta-feira (14), o 2º Encontro Nacional de Mulheres Quilombolas, promovido no Distrito Federal, pela Coordenação Nacional de Articulação de Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).
FLD-COMIN-CAPA, através de sua assessora, Madaliza Nascente, somada a cerca de 350 lideranças kilombolas, de 24 estados e de vários países latino-americanos, estarão reunidas até domingo (18) para discutir e avaliar com representantes do Governo Federal, políticas públicas consideradas relevantes para aumentar a qualidade de vida de mulheres kilombolas e enfrentar desigualdades raciais, sociais e de gênero.
No primeiro dia do encontro, as autoridades presentes ouviram as demandas trazidas pelas lideranças kilombolas e também apresentaram as ações realizadas nos primeiros seis meses do atual governo.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, anunciou que todos os territórios kilombolas terão certidão que atesta que existem agricultores familiares ali e, assim, participarão do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) e poderão acessar programas governamentais. “Com isso, vamos incluir todas as áreas kilombolas, indígenas e povos tradicionais no Programa de Aquisição de Alimentos [PAA]”.
O ministro anunciou ainda que o MDA vai ajudar comunidades kilombolas a se organizarem em cooperativas para participar do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), onde poderão oferecer alimentos a estudantes das redes públicas de ensino. “Todos os remanescentes de kilombos, demarcados ou não, e que tenham produção agrícola, podem requerer o certificado de agricultor familiar e assim, comercializar ao PAA”, completou Teixeira.
Além dos debates, o encontro realiza, até domingo, atividades culturais e a feira Mostra de Saberes e Fazeres de Mulheres Quilombolas, com a venda de produtos, como vestimentas com tecidos africanos, adornos corporais, alimentos, artesanatos, cestarias e livros.
A primeira edição do encontro ocorreu em 2015 e tinha o lema O Protagonismo das Mulheres Quilombolas.
(*) Com informações da Agência Brasil
(**) Utilizamos kilombolas com ‘k’ para a valorização das línguas africanas ancestrais e tradicionais como Yorubá e Kibundu, onde é utilizada a letra “k”.