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Primeiro certificado orgânico da Rede Ecovida em Mariluz é entregue à mulher agricultora assentada 
10 de fevereiro de 2023 Diangela Menegazzi

Carla Gonçalves, mulher agricultora assentada da reforma agrária, foi a primeira pessoa a receber o certificado de produção orgânica da Rede Ecovida de Agroecologia, no município de Mariluz, Noroeste do Paraná. 

“Foi uma luta e tanto, mas com muito trabalho em equipe conseguimos”, destacou a agricultora agroecológica que vive no Assentamento Nossa Senhora Aparecida, ligado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). 

A área certificada na unidade produtiva de Carla é de uma agrofloresta, onde são combinados o plantio de árvores com cultivos de ciclo curto e médio, como hortaliças e mandioca. A agrofloresta começou a ser cultivada em 2020, por meio do projeto Ecoforte, e a certificação foi obtida em dezembro passado.

Dia da visita de verificação orgânica na Agrofloresta de Carla realizada pelo Núcleo Oeste do Paraná da Rede Ecovida

Reforma agrária e comida boa

A certificação orgânica e agroecológica é parte do trabalho realizado no assentamento por meio de parceria entre a Cooperativa Agrária dos Assentados do Vale do Piquiri (Cooperagra) e o programa Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA), da Fundação Luterana de Diaconia (FLD). 

Carla e outras quatro famílias integram hoje o grupo agroecológico Cuidando e Cultivando a Vida, formado dentro do assentamento com objetivo de produzir alimentos sem a utilização de agrotóxicos e adubos químicos. Esse grupo faz parte do Núcleo Oeste do Paraná, da Rede Ecovida. 

Segundo Daniela Calza, assessora técnica do CAPA que acompanha as famílias agricultoras assentadas para produção orgânica e agroecológica, há previsão de  que ainda neste ano outras três unidades produtivas do assentamento sejam certificadas. “Já estamos desenhando com as famílias o plano de manejo, uma das etapas do processo de transição do cultivo convencional para o agroecológico”, explica. 

Etapas para certificação 

A primeira etapa da certificação de uma área é a própria decisão da família em fazer produção orgânica. A confiabilidade do trabalho desenvolvido é referendada pelo grupo local do qual a pessoa ou família faz parte. Este grupo, por sua vez, tem seu trabalho referendado pelo Núcleo Regional. 

Depois, o trabalho de produção de alimentos realizado pelas pessoas e famílias que integram o Núcleo Regional são respaldados por todos os demais Núcleos da Rede Ecovida, que tem abrangência em todo Sul do país e parte do estado de São Paulo.

Da esquerda para a direita (ou de cima para baixo, na versão mobile), Janete de Lima Roque, Rosilene Salustiano e Fátima Assunção  preparam suas unidades produtivas para a certificação. 

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