Entre os dias 6 e 8 de outubro, 59 pessoas de oito núcleos da Rede Ecovida de Agroecologia participaram do curso de produção de sementes de hortaliças, realizado na Lapa e em Mandirituba, no Paraná. A formação foi promovida a partir do projeto Innova Ecovida, em parceria com a Casa de Sementes Aopa.
Domesticação de plantas, manejo ecológico do solo, colheita, beneficiamento e secagem foram alguns dos temas abordados ao longo dos dias de estudo. A programação foi pensada para promover a soberania na produção própria de sementes das agricultoras e agricultores.
Segundo Marcelo Passos, coordenador da Casa da Semente Aopa, em Mandirituba, e integrante do Núcleo Maurício Amaral, vinculado à Rede Ecovida de Agroecologia, é preciso ampliar a rede de guardiãs e guardiões de sementes tradicionais para a soberania e independência das famílias agricultoras. “Queremos formar novos produtores de sementes de hortaliças”.
Marcelo destaca ainda que essa articulação é uma resposta ao contexto hoje em que a legislação restringe o uso de sementes convencionais e determinam prazos para a obrigatoriedade de utilização de sementes e mudas orgânicas nos sistemas de produção certificados.
Mulheres organizadas por comida saudável
A agricultora Sandra Mara, do município de Palmeira, participou do curso com outras companheiras do grupo de mulheres do Coletivo Triunfo. Elas estão em busca de conhecimento e vida boa. “Buscar um futuro melhor para nossos filhos com alimentos saudáveis em nossas mesas”, afirmou.
Sandra contou que o grupo de mulheres do qual faz parte quer diversificar a produção das unidades familiares, para escapar do trabalho penoso da fumicultura, muito forte na região em que vive. “Queremos trazer cada vez mais as famílias para diversificar e trabalhar com alimentos”, disse.
Projeto Innova Ecovida
O projeto Innova Ecovida é executado pela Fundação Luterana de Diaconia (FLD), com a Rede Ecovida de Agroecologia, e compõe o programa global “Organizações de agricultores líderes em pesquisa e inovação em agroecologia para sistemas alimentares sustentáveis”, chamado de FO-ledR&I. O projeto é apoiado pela União Europeia (UE) e Organização de Estados da África, Caribe e Pacífico (OACP), por meio do instituto Infocos Agri-Agência.
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