Erexim (RS) – No dia de 16 de outubro foi comemorado o Dia Mundial da Alimentação. Esta comemoração, que teve início em 1981, é na atualidade celebrada em mais de 150 países, como uma importante data para dialogar e conscientizar sobre as questões da nutrição e alimentação.
“Entendemos que o alimento vai muito além de um suplemento energético, de um produto alimentício, de mera fonte de energia, mas deve atuar como um pilar na construção do viver bem, de celebrar o direito humano à saúde individual e coletiva”, diz a economista doméstica, assessora social do Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA) Erexim, Valdete Klein. “No momento em que vivemos, devemos lembrar que rompemos com culturas milenares que sabiamente tinham o alimento como expressão maior de vínculo com a saúde, com a vida. Atualmente, estamos desconectados de uma alimentação saudável, vivemos na era da praticidade, da falta de tempo, onde crianças estão sendo acometidas por doenças que antes eram somente dos adultos, do envelhecer (diabetes, coração, respiração, depressão)”.
De acordo com Valdete, estamos nos alimentando com alimentos carregados de resíduos de agrotóxicos, aditivos químicos sintéticos, hormônios e outras substâncias tóxicas, bem como com produtos com um valor nutricional questionável, já que são industrializados, enlatados, congelados, aditivados e enriquecidos de materiais sintéticos. “Assumimos um estilo de vida nada saudável, onde consumimos o fastfood, que não tem sabor, nem saber e faz mal, deixando de lado alimentos naturais que nos trazem saúde”.
No exercício de resgatar nossas memórias, é necessário reconectar e reencontrar o sentido das coisas. Isso ajuda a fazer boas e saudáveis escolhas, bem como gerar atitudes transformadoras. Para tanto, Valdete diz que é imprescindível atitude consistente e contínua nos ambientes familiar e escolar, para que seja possível reconectar-se e optar por uma alimentação saudável, que preze pela vida, que respeite a cultura, que proporcione saberes.
Através do alimento orgânico pode-se fortalecer este pilar que dá sustento a saúde. “Alimentos orgânicos são mais ricos em nutrientes, possuem menos substâncias químicas que fazem mal a saúde e não degradam o ambiente em seu processo produtivo”.
Fonte: Jornal Bom Dia
Foto: unidade de produção familiar de Deolinda e Jeovani Nespolo, em Erexim / Banco de Imagens CAPA