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Intercâmbio garante acesso a diferentes variedades de sementes tradicionais e novos conhecimentos

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Intercâmbio garante acesso a diferentes variedades de sementes tradicionais e novos conhecimentos
30 de julho de 2024 Comunicação FLD
POR ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA FLD

Nos dias 11 e 12 de julho, uma caravana com famílias agricultoras certificadas da Rede Ecovida de Agroecologia do núcleo Alto Uruguai e de duas comunidades indígenas do povo Guarani, todas acompanhadas pelo programa CAPA núcleo Erexim, estiveram no município de Nova Esperança do Sudoeste (PR), na Comunidade de Rio Gavião, para participar da 19° Festa Regional das Sementes. Com o lema “Sementes de luta, em busca da justiça social e da soberania alimentar”, a festa teve como objetivo principal o fortalecimento da cultura de troca de sementes e ramas, como forma de promover a produção de alimentos saudáveis, a soberania alimentar e a permanência das famílias no campo.

No dia 11, o destaque foi o painel ministrado pelo Frei Sérgio Antônio Görgen, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) do Rio Grande do Sul e membro da Ordem Franciscana. Ele trouxe reflexões sobre o agravamento da crise ambiental, sanitária, energética, alimentar e geopolítica e enfatizou a importância de soluções através da luta das entidades e da participação ativa na política, buscando uma mudança no modelo produtivo atual, contexto no qual a festa das sementes configura-se como um símbolo importante.

O encontro foi concluído com a partilha das sementes, onde as famílias puderam levar para suas unidades novas variedades, além de muita esperança e renovação para o seu trabalho.

Certificação orgânica

Já no dia 12, as famílias visitaram a unidade de João Carlos Dal Prá, agricultor certificado, criador de galinhas e cultivador de orquídeas e suculentas, onde ele apresentou a sua experiência com as 400 galinhas que está criando em seu aviário, bem como a estufa de flores. Após a visita, a comitiva seguiu para a sede do Programa CAPA núcleo Verê para uma roda de conversa e café.

Na tarde do dia 12, a comitiva visitou a comunidade indígena Kaingang de Mangueirinha, onde há três famílias certificadas através do processo de certificação participativa da Rede Ecovida de Agroecologia. As famílias produzem verduras e legumes que são comercializados em escolas e para a comunidade em geral.

Durante a visita, foi possível acompanhar o relato sobre a experiência e os desafios encarados desde o início do processo de certificação, permitindo que as pessoas presentes voltassem para seus territórios com mais conhecimento e buscando novos desafios. “O intercâmbio teve grande importância para a comunidade, pois proporcionou ao território Toldo Guarani a oportunidade de conhecer outras experiências. Isso permitiu que as famílias vivenciassem novas práticas e adquirissem conhecimentos valiosos”, explicou Eluando Tonatto Mariano, da comunidade indígena Toldo Guarani.

Construção coletiva

Através do acompanhamento do Programa CAPA e inseridos na articulação em rede com certificação participativa da Rede Ecovida de Agroecologia, as famílias das comunidades indígenas já certificadas de Mangueirinha emanam segurança através de suas trocas de saberes no intercâmbio e ainda, com a cooperação com a empresa Dialógica, as famílias agricultoras indígenas das comunidades Guarany Aranduverá, de Erebango (RS), e Toldo Guarani, de Benjamin Constante do Sul (RS), constroem juntas uma metodologia que contribuiu para o avanço coletivo das comunidades e das famílias agricultoras camponesas.

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