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Diretores da Itaipu conhecem equipe do projeto OPANÁ

                 

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Diretores da Itaipu conhecem equipe do projeto OPANÁ
26 de junho de 2024 Comunicação FLD
POR ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA FLD

A sede do Programa CAPA de Marechal Cândido Rondon (PR) recebeu a visita do Diretor-Geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, acompanhado dos diretores Carlos Carboni e André Pepitone. Os diretores foram apresentados à equipe do projeto OPANÁ: Chão Indígena.

O projeto OPANÁ é uma iniciativa da Fundação Luterana de Diaconia (FLD), por meio do Programa CAPA em parceria com a Itaipu Binacional, e visa garantir a sustentabilidade ambiental e alimentar das comunidades indígenas do oeste e do litoral do estado. Ao todo, serão contempladas 32 comunidades, beneficiando mais de 900 famílias Avá Guarani e Guarani Mbya. 

Durante o encontro, uma rodada de apresentações proporcionou aos diretores da Itaipu Binacional conhecerem um pouco da história e trajetória das pessoas que compõem a equipe técnica do projeto. São zootecnistas, agrônomas e agrônomos, agroecólogas e agroecólogos, engenheiro ambiental, bióloga, engenheira em aquicultura, educadoras, assistente social, cientista social, administradoras e jornalistas que vieram de todas as regiões do Brasil. Como o agroecólogo Valdenilson de Souza Brito, de 42 anos, que deixou a cidade de Petrolândia, no  sertão de Itaparica, em Pernambuco, há mais de 2 mil quilômetros de distância para integrar o projeto. Para Valdenilson, deixar a terra natal para este desafio não é somente uma oportunidade de trabalho, mas sim uma identificação social pela metodologia proposta. “Uma metodologia inclusiva, de ir ao campo, lidar com pessoas, é um projeto que me identifico muito”, afirmou.

Encontro foi oportunidade para equipe que atua no projeto se apresentar. Foto: Fabio Conterno/FLD

No encontro, o coordenador geral do OPANÁ, Jhony Luchmann, apresentou as diretrizes e as estruturas física e humana que o projeto tem para a realização do conjunto de ações propostas. O projeto objetiva o envolvimento das comunidades com trabalho coletivo de planejamento para a produção agroecológica com foco na segurança alimentar, acesso à água e saneamento ecológico, educação antirracistas para as pessoas não indígenas e fortalecimento cultural do povo Guarani. Para Jhony, “o projeto é pensado em uma perspectiva de colocar o protagonismo e a tomada de decisão nas mãos da própria comunidade, a partir de suas necessidades e demandas, garantindo assim o caráter participativo e coletivo do OPANÁ”.

Enio Verri demonstrou a intenção da Itaipu Binacional em apoiar políticas públicas de reparação ao povo Guarani da região Oeste do Paraná, que foi impactado pela formação do lago da barragem nos anos 1980. Para Verri, esta é uma ação muito importante para garantir dignidade para as comunidades originárias. “O projeto OPANÁ: Chão Indígena faz parte, exatamente, da missão de Itaipu nessa gestão”. 

O projeto inicia uma jornada de reparação durante a construção da usina. “Nós sabemos que, quando da construção do reservatório, um grande número de comunidades foram atingidas, ainda há dívidas a serem pagas, e nós queremos trabalhar fortemente para isso. Não tenho certeza se a nossa gestão terá tempo suficiente para atender tudo aquilo que eles merecem, mas faremos o possível para que o máximo seja alcançado” concluiu Verri.

Para o diretor de coordenação da Itaipu, Carlos Carboni, a parceria com a FLD-CAPA é um indicativo de acerto na execução das políticas públicas que a usina busca para a atual gestão. “Para nós da Itaipu, primeiro a satisfação de fazer essa parceria com o CAPA, que é uma entidade renomada, que tem um histórico já de atuação na agroecologia, na ação da agricultura familiar e também na questão indígena”. 

E ainda reforçou a situação dos povos indígenas nos últimos anos. “Nós saímos de um processo de praticamente extermínio, essa era a política que vinha se desenvolvendo, para um reconhecimento da sua cultura, da sua importância. Um investimento que possa melhorar a vida das pessoas, das comunidades indígenas, para que a gente não tenha mais suicídios, para que a gente não tenha pessoas passando fome”, disse Carboni, que concluiu afirmando a importância do investimento junto às comunidades Guarani atendidas pelo projeto. “Garantir dignidade, humanidade a essas comunidades, por isso a contratação dessa equipe”. 

Para André Pepitone, diretor financeiro da Itaipu, o apoio ao projeto OPANÁ é a confirmação do compromisso com a política socioambiental. “A Itaipu Binacional demonstra uma grande sensibilidade socioambiental. Afinal de contas, a usina ao ser instalada nessa região trouxe alguns impactos. E ações como essa parceria com a FLD-CAPA, que privilegia a segurança alimentar nas aldeias indígenas, é fundamental como medida da empresa para contrapor o impacto gerado para a execução desse projeto colossal que é gerar energia hidrelétrica”.

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