Cada semente cultivada representa vida, e comida boa na mesa. E as agricultoras e agricultores do Assentamento Nossa Senhora Aparecida, em Mariluz, Noroeste do Paraná, sabem disso. Tanto que ao longo de quase um ano cultivaram 12 variedades de mandioca de mesa, avaliaram os resultados do plantio e compartilharam sementes (ramas) ao final. 

As variedades foram semeadas em 2021 e colhidas recentemente em duas Unidades Demonstrativas (UDs) nas propriedades do casal Fátima e José Luiz e da agricultora Rosilene Salustiano. As UDs foram implantadas por meio de trabalho conjunto entre CAPA Rondon, Embrapa Mandioca e Fruticultura, Prefeitura Municipal de Mariluz e IDR – Paraná. 

Apresentação do sistema de plantio em fileiras duplas e identificação das variedades

O intuito da iniciativa foi  avaliar o desempenho produtivo e de qualidade culinária das 12 cultivares de mandioca, entre crioulas e melhoradas, e as vantagens do plantio em fileiras duplas. Os resultados produtivos e culinários obtidos das avaliações participativas nas UDs foram apresentados à comunidade envolvida pela assessora do CAPA Daniela Calza no dia 6 de julho, durante um dia de campo. 

Na atividade, o pesquisador da Embrapa Marcelo Romano também conduziu visita pelas áreas para apresentação do sistema de plantio em fileiras duplas e identificação das variedades. Ao final, houve compartilhamento de material propagativo (ramas) entre as pessoas interessadas em experimentar as variedades que se destacaram.

Na avaliação de Daniela Calza, a partir do trabalho, abrem-se às pessoas envolvidas novas perspectivas para a construção de policultivos e avanços na produção orgânica. “Conseguimos resgatar e avaliar diversas cultivares de mandioca para produção e comercialização, o que representa também segurança e soberania alimentar às famílias”, destacou a assessora.

Fotos: Arquivo CAPA