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Feirão agroecológico e Audiência Pública aproximam consumidores e famílias agricultoras agroecologistas

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Feirão agroecológico e Audiência Pública aproximam consumidores e famílias agricultoras agroecologistas
1 de junho de 2022 zweiarts

Evento, que integrou a Semana do Alimento Orgânico, contou com grande adesão do público de Pelotas e região

Foi realizado na quinta-feira, 26 de maio, o 1º Feirão Agroecológico e Audiência Pública em Pelotas, sobre a importância da alimentação orgânica, como parte das atividades da 18ª Semana do Alimento Orgânico. Realizado pela FLD/CAPA, junto com outras entidades de pesquisa, grupos de agricultores e vereadores, o Feirão e a Audiência tiveram como objetivos principais ampliar a visibilidade dos alimentos produzidos de forma agroecológica e também os benefícios que este sistema de produção tem na preservação ambiental, promoção da saúde, da cultura, da inclusão social e da geração de renda para as famílias envolvidas.

O feirão contou com a participação de 10 bancas e envolveu diretamente mais de 50 famílias produtoras, organizadas em grupos e associações, além de bancas de entidades parceiras, que também se engajam no desenvolvimento de pesquisas e tecnologias para a produção e promoção de alimentos agroecológicos.

As famílias produtoras levaram até os consumidores uma grande variedade de produtos agroecológicos frescos, como alface, batata doce, feijão, couve, abóboras, cebola, rúcula, bergamota, limão, laranja, cogumelos, flores, panificados, sucos, conservas, doces e geleias, e quem passou pela feira pode ainda conversar com os representantes das entidades que acompanham a produção, conhecer as tecnologias disponíveis e ter acesso a publicações e materiais diversos, específicos para a produção de base agroecológica.

De acordo com Nilo Dias, presidente da Comunidade Kilombola do Algodão e agricultor que integra a feira Akotirene, o Feirão superou as suas expectativas com relação à comercialização de produtos. “Nós achamos que seria um evento mais festivo, sem tantas vendas, mas estamos muito surpresos com o bom movimento e a procura por nossos produtos agroecológicos”, conclui.

Márcia Scheer, agricultora que integra a Associação Arpa-Sul e que há quase trinta anos comercializa seus alimentos em tradicionais feiras em Pelotas também comemorou o sucesso de vendas. “O feirão foi bom e se não tivesse chovido, teria sido melhor ainda. É cansativo, mas valeu a pena”, acrescenta.

A estimativa é que aproximadamente 300 pessoas tenham circulado no espaço onde o feirão foi realizado, durante as 4 horas de duração do evento.

Audiência Pública

Já na parte da tarde, aconteceu na Câmara de Vereadores a Audiência Pública, proposta pela Comissão Organizadora da 18ª Edição da Semana do Alimento Orgânico, tendo como proponente o vereador Jurandir Silva, para discutir a importância da alimentação orgânica e também para cobrar do Executivo Municipal, a efetiva implementação da Lei Municipal de Agroecologia e Produção Orgânica. A ação contou com a participação de diversas entidades vinculadas à produção de alimentos orgânicos, agricultores e consumidores.

De acordo com Roni Bonow, coordenador geral de FLD/CAPA Pelotas, a Audiência Pública é importante para dar maior visibilidade para a produção e importância dos alimentos agroecológicos na região, mas principalmente para dar andamento à implementação da lei Municipal de Agroecologia e Produção Orgânica, aprovada no final do ano passado, mas que ainda não está em vigor. “O Feirão e a Audiência foram importantes para aproximar consumidores de famílias produtoras e para monitorar e incidir para que a partir da implementação da lei, o consumo e produção de alimentos orgânicos possa ser ampliada. A lei pode ser replicada no território e serve de referência para a região, o estado do RS e para o Brasil”, completa Roni.

Atualmente, mais de 50 famílias assessoradas pelo CAPA estão em conformidade orgânica em Pelotas e região, cadastradas no MAPA e certificadas pela Rede Ecovida de Agroecologia como produtoras orgânicas. No entanto, há mais de 500 famílias que estão em processo de transição para a produção de base agroecológica em suas propriedades.

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