Os 232 participantes do 5º Congresso Brasileiro de Homeopatia Popular Comunitária vêm, através desta carta aberta ao público, manifestar suas preocupações e cuidados com a saúde pública, bem como com a saúde do meio ambiente que nos cerca.
Levantamos os seguintes pontos de intenso debate:
- Social e Ambiental.
- Desigualdade social.
- Corrupção.
- Insegurança nos trabalhos realizados por organizações sociais, e sua fragilização.
- Descaso ambiental com os casos das barragens.
- Liberação criminosa de agrotóxicos.
- Silêncio da sociedade com a perda dos direitos adquiridos ao longo de anos de luta.
- Falta de liberdade de manifestação popular de expressar suas posições frente aos desmontes das políticas públicas.
- Manifestamos nossa indignação frente à liberação de agrotóxicos sem respaldo científico, apenas para atender a demanda das multinacionais.
- Sistema Único de Saúde (SUS).
- Domínio do sistema industrial alopático.
- Cidadão sem liberdade de escolha de tratamento.
- Falta de conhecimento das ações políticas do SUS.
- Insegurança do usuário do SUS.
- Burocracia sacrificando pessoas.
- Ausência dos usuários nos espaços do SUS.
- Uso e abuso de psicotrópicos em casos desnecessários.
- Privatização do SUS com perda de direitos como acesso a medicamentos que até o momento tinham distribuição gratuita.
- Falta de compreensão dos motivos que levam uma pessoa a se tornar dependente químico, e simplesmente serem suprimidos através de internações compulsórias.
A Associação Brasileira de Homeopatia Popular Comunitária (ABHP), no âmbito de suas ações, vem respaldar a discussão dos participantes do 5º Congresso, fazendo propostas que possam contribuir para melhoria da qualidade de vida da sociedade brasileira, que assim seguem:
- Homeopatia popular como instrumento de educação para reduzir a desigualdade social.
Fomentar a produção de alimentos agroecológicos, tendo a homeopatia como mecanismo do processo de transição com redução de insumos químicos. - Lutar pela homeopatia popular como parte integrante do atendimento básico à saúde, sendo esse trabalho reconhecido pelas autoridades públicas.
- Reconhecimento da homeopatia popular como patrimônio histórico da humanidade.
- Regulamentação e permissão legal das práticas integrativas complementares de saúde, incluindo a homeopatia popular comunitária. Nomeamos uma comissão para implementar o projeto de regulamentação nacional.
- Valorizar, esclarecer e incentivar o uso da homeopatia no espaço público.
- Nossa saúde vem pelo que comemos (produção de alimentos de origem animal e vegetal), e precisamos estimular a produção de alimentos limpos.
- Uso da homeopatia para estimular o sistema imunológico.
- Uso da homeopatia como descontaminante do meio ambiente.
- Incentivo do uso da homeopatia para dependentes químicos.
- Incentivo ao estudo dos casos de crianças hiperativas, autistas e outras síndromes.
- Aprofundar estudo da homeopatia como agente de promoção e prevenção.
- Uso da homeopatia como meio de descontaminação de metais pesados e agrotóxicos, em águas de consumo humano e animal.
- Estreitar as relações com as demais práticas integrativas complementares de saúde. Homeopatia como veículo de prática cidadã de soberania e segurança alimentar.
Assim, colocamo-nos a disposição para que a construção da sociedade justa e “homeopatizada” seja o objetivo de nossas autoridades eleitas pelo voto direto e democrático, e que se respeite os anseios de um povo que vem lutando para poder trabalhar em liberdade.
Chapada dos Guimarães, 10 de agosto de 2019.