A instalação de um meliponário resulta do trabalho conjunto do CAPA/Núcleo Erexim/RS e a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Erexim.
A criação de abelhas sem ferrão, chamada de meliponicultura, vem sendo cada vez mais conhecida, despertando interesse em diferentes públicos. Entre as finalidades econômicas da atividade estão a produção de mel e a produção de colônias para comercialização. Além destas, criar abelhas nativas inclui ações em outros campos bem distintos, como lazer, pesquisa, preservação e polinização.
Chamado de Pequeno Recanto das Abelhas sem Ferrão, o meliponário da UFFS – Campus Erexim consiste em um espaço demonstrativo, de estudo, de resgate e de recuperação da biodiversidade de abelhas nativas sem ferrão. Em 2 de abril, ele recebeu as primeiras colmeias com a participação da equipe técnica do CAPA, estudantes, docentes e equipe da UFFS e integrantes do Grupo de Meliponicultores do Alto Uruguai. A proposta do projeto é conseguir colocar o maior número de espécies possíveis, com objetivos didáticos e científicos para estudantes, professoras, professores, agricultoras, agricultores e sociedade em geral. Naquele dia, foi discorrido sobre forma de capturar enxames, técnicas de produção, características de diversas espécies, métodos de multiplicação, cuidado com predadores e alimentação complementar.
“O debate e atividades relacionadas às abelhas sem ferrão têm obtido resultados animadores, com boas perspectivas de crescer ainda mais na região do Alto Uruguai’, afirma a coordenadora do CAPA/Erexim, Ingrid Margarete Giesel. “Existe a necessidade de avançar na construção do conhecimento, na experimentação, na pesquisa e na divulgação da temática ambiental, procurando envolver diferentes atoras e atores da região, pela grande aceitação da sociedade em geral.”
Texto: Cláudia Dreier