Marcelino Ramos/RS – A atividade, realizada no Quinto Rancho Turismo Rural, interior do município, nos dias 27 e 28 de fevereiro, foi programada com o objetivo de avaliar a atuação do CAPA-Erexim e auxiliar no planejamento de atividades para os próximos anos do núcleo. A reunião foi conduzida por Ângela Cordeiro, consultora de avaliação e planejamento, que propôs diversas atividades, alternando momentos de reflexão e discussão coletiva entre todos os participantes e dinâmicas desenvolvidas em pequenos grupos.
Após a abertura, realizada pela coordenadora do CAPA, Ingrid Margarete Giesel, desejando que os presentes sejam agentes de transformação nos diferentes espaços, contribuindo na divulgação da agroecologia e na construção de um mundo melhor. Cátia Berner e Neida Sander, integrantes do Conselho do núcleo, conduziram um momento de reflexão, a partir do tema da IECLB “Igreja, Economia, Política”.
Em seguida, Cordeiro dirigiu as atividades do encontro. Primeiramente, foi feita uma dinâmica de troca de ideias para identificar os principais desafios da equipe nos próximos anos. Em seguida, foram discutidas as conjunturas favoráveis e desfavoráveis à promoção da agroecologia a nível nacional, estadual, municipal e comunitário, com o intuito de auxiliar no levantamento das principais ações e estratégias de atuação da organização, entre elas: geração/sucessão no campo, a contribuição das universidades nas ações da entidade e o desenvolvimento de táticas de ação local diante do atual cenário. No final, os participantes relataram suas impressões individuais sobre o encontro. Todos emitiram uma opinião positiva, considerando a experiência como muito rica e positiva.
Em sua avaliação pessoal sobre a reunião, Cordeiro destacou a importância da presença do conselho e de alguns parceiros de atuação da entidade – docentes da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – campus de Erexim (Altemir José Mossi e Márcio Freitas Eduardo) estiveram presentes. Segundo a assessora, a participação desse coletivo é fundamental para que todos possam expressar seus sonhos e ideias, bem como organizá-los de maneira conjunta. Ela também salienta que ainda há muito trabalho para a equipe, na tarefa de aprimorar e consolidar o que foi feito, porém frisa a existência de uma boa “matéria-prima” para o desenvolvimento desse processo.
Sobre a atuação do CAPA-Erexim, a coordenadora do núcleo, Ingrid Margarete Giesel, destaca as várias parcerias que a entidade tem efetivado nos últimos anos, entre elas os trabalhos com escolas, universidades, cooperativas e com o Sínodo Uruguai da IECLB. Ela enfatiza que as ações sempre estiveram voltadas para o fortalecimento da agricultura familiar, contribuindo na construção de uma sociedade mais ética e justa.
A coordenadora ainda salienta os mais de 40 anos de existência da entidade e que, nessa longa história, a agroecologia sempre ocupou o lugar de maior destaque, como base de todo o trabalho. Segundo ela, a participação na formulação e desenvolvimento de políticas públicas, é fundamental para consolidar as ações práticas junto aos grupos de base e fortalecer os processos agroecológicos.
No que se refere aos desafios do CAPA nos próximos três anos, Giesel lembra do lema estabelecido para o triênio: “Agroecologia, Direitos e Resistência”, deixando claro que o cumprimento dessas metas não será uma tarefa fácil diante da conjuntura política desfavorável. Porém, ressalta a importância da avaliação realizada, no sentido de mostrar novas oportunidades e possibilidades de ampliar a atuação e o público de abrangência. Quanto aos objetivos traçados e sua motivação pessoal diante deles, a coordenadora frisa: “Continuar construindo referências na área da agroecologia junto aos agricultores e agricultoras familiares, público prioritário para o CAPA desde a sua fundação”. Por fim, conclui que sonha com a disponibilidade de uma alimentação saudável, “comida boa”, para todas e todos, além do desejo de que o consumo consciente seja colocado em prática pela população.
Texto e Fotos: Vicente Giesel Hollas