Privacy Overview
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Always Active
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.

No cookies to display.

Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.

No cookies to display.

DOAR AGORA

Notícias

                 

Notícias

“Fiz minha escola acreditar na Agroecologia”
12 de agosto de 2018 zweiarts
In Todas as Notícias

Marechal Cândido Rondon/PR – “Na nossa região, o CAPA está sendo bastante atuante. Aqui em casa, já recebemos visitantes da Alemanha e de outros locais. A assistência é boa, incentivam bastante a participação de jovens do interior, dão apoio técnico na produção e não deixam famílias agricultoras desanimarem“, comenta Aline Natana Alves, de 19 anos. “Há quatro anos deu uma requeima na produção de tomates e pensamos em desistir da agricultura, mas o CAPA não deixou isso acontecer”.

Na escola onde cursou o ensino médio, tanto professoras e professores, como colegas, não acreditavam que era possível produzir milho, trigo e soja fora do sistema convencional, relata a jovem agricultora Aline Natana Alves.

O ano era 2015, no Colégio Estadual do Campo Margarida, no distrito com o mesmo nome, em Marechal Cândido Rondon (PR). “A única que me apoiava, dando forças para eu trazer alimentos orgânicos e tentar convencer a comunidade escolar era minha amiga Angélica”.

Aline foi procurar a pedagoga da escola, explicando a situação de descrença geral e fazendo um convite para a escola visitar a Feira de Alimentação Saudável que estava acontecendo pela primeira vez no distrito, com a participação da família dela. Katherine acolheu a ideia e passou em todas as salas do colégio para fazer a divulgação. “Meus colegas zombaram de mim.”

Em casa, ao comentar os acontecimentos, a família lhe deu apoio e “buscamos soja, trigo e milho no moinho ecológico. No dia seguinte levei e mostrei a todas e a todos. Olharam, acreditaram, mas não estavam realmente convencidas e convencidos” desabafa Aline.

Em 2016, a jovem acompanhou sua mãe ao município de Palotina (/PR), em uma visita de certificação orgânica da Rede Ecovida. “Fiz algumas fotos. Na produção de soja convencional, o tamanho das plantas chegava no meu joelho. Nas imagens de soja cultivada no sistema agroecológico, a plantação era da minha altura, um metro e meio. Quando mostrei as fotos, aí sim: finalmente passaram a acreditar de verdade.” Naquele ano a agricultura orgânica foi o tema da Mostra de Trabalhos Escolares.

Há dez anos, sua família produz alimentos orgânicos, estando certificada desde 2011. Hortaliças, melado, mamão, carambola, limão, acerola, pêssego e jabuticaba são vendidos de porta em porta, oferecidos na ACEMPRE e comercializados no Programa de Merenda Escolar.

“Tinha interesse em fazer Agronomia, mas na nossa região não há mercado para as mulheres, são raras as empresas que as contratam” conta Aline. “Como minha mãe trabalhou 20 anos em hospitais, vou seguir seus passos e no ano que vem inicio o curso Técnica em Enfermagem”.

Texto: Cláudia Dreier / Foto: Arquivo CAPA