Verê(PR)- Nos dias 17 a 19 de março, o Consórcio CAPA representado pelos Núcleos de Marechal Cândido Rondon e Verê, esteve presente no Encontro Nacional Mulheres Luteranas celebrando os 500 anos da Reforma que aconteceu em Foz do Iguaçu/PR, onde reuniram-se mais de 2000 mulheres vindas de todas as regiões do Brasil (ministras, lideranças, membros). Na oportunidade, foi apresentada a Campanha Comida Boa na Mesa e comercializado os alimentos orgânicos produzidos pelas agricultoras e agricultores organizados em cooperativas e associações assessoradas pelo CAPA.
Neste ano de 2017 vamos celebrar os 500 anos da Reforma Protestante, movimento que deu origem a Igreja Luterana. Com vista ao jubileu da Reforma diversas comunidades, paróquias, sínodos e grupos da IECLB estão organizando diferentes eventos e atividade para lembrar o papel de Lutero e as mudanças que suas teses provocaram na história mundial.
Nesse sentido, a OASE Nacional, propôs-se a organizar um encontro nacional de mulheres luteranas com objetivo de celebrar a liderança e participação de mulheres no movimento da Reforma ontem e hoje, refletir sobre a presença, oportunidades e desafios enfrentados pelas mulheres nos cargos de liderança na Igreja e na Sociedade e empoderar mulheres para assumirem cargos de liderança.
Texto e Fotos: Raquel Rossi Ribeiro CAPA Verê/PR
Mulheres Luteranas celebrando os 500 anos da Reforma Protestante dizem: SOMOS CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
“Reafirmamos que somos contra o projeto de reforma da Previdência, apresentado pelo atual Governo, tendo em vista que ele atinge diretamente as mulheres, em suas diferentes áreas de trabalho”, diz o Manifesto divulgado no final do encontro Mulheres Luteranas celebrando os 500 anos da Reforma Protestante, realizado nos dias 17 a 19 de março, em Foz do Iguaçu (PR). A FLD esteve no encontro, que reuniu mais de 2 mil mulheres de todas as partes do Brasil.
Leia o documento completo:
Nos dias 17 a 19 de março de 2017, reunimo-nos em Foz do Iguaçu/PR, mais de 2 mil mulheres vindas de todas as regiões do Brasil, para o Encontro Nacional de Mulheres da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) sob o tema Mulheres Luteranas celebrando os 500 anos da Reforma e viemos a público manifestar-nos contra a atual política brasileira de retirada de direitos.
Unimo-nos ao Manifesto da Direção da IECLB, que reflete em sua Carta do dia 16 de março de 2017 a situação política precária pela qual passa o país. Também afirmam a grande problemática que se avista com a reforma da Previdência. De acordo com a carta, ‘Em 2017, lamentavelmente, aumenta o receio de que o Brasil caminha em direção ao abismo. Para exemplificar, focamos o tema da reforma da Previdência. Há quantas décadas ouvimos que recursos deste caixa são desviados para viabilizar outros projetos. Há quanto tempo ouvimos que é incalculável o montante de contribuições ao INSS que é sonegado. O noticiário é farto em dados que denunciam aposentadorias astronômicas para uma minoria privilegiada. Afinal, como os recursos pagos à Previdência são administrados? (Carta Pastoral de 15 de novembro de 2016)’.
Como mulheres de Confissão Luterana, reafirmamos que somos contra o projeto de reforma da Previdência apresentada pelo atual Governo, tendo em vista que ela atinge diretamente as mulheres, em suas diferentes áreas de trabalho. A sociedade brasileira ainda é fortemente patriarcal. A grande maioria das mulheres exerce uma dupla ou tripla jornada de trabalho, portanto os critérios para a Aposentadoria devem ser diferenciados para homens e mulheres.
Exigimos uma auditoria transparente da Previdência Social e que os recursos advindos desta contribuição sejam distribuídos com justiça. Como mulheres luteranas, que constroem a sua história a partir do movimento da Reforma, orientamo-nos pela palavra bíblica do profeta Isaias 59.14: Pelo que o direito se retirou, e a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas praças, e a retidão não pode entrar.
Este Manifesto foi aprovado, por aclamação, no dia 19 de março de 2017, por toda a Plenária.
Foz do Iguaçu, 19 de março de 2017.
Texto: Fundação Luterana de Diaconia