A campanha é liderada pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricutura (FAO) e pela Reunião Especializada em Agricultura Familiar no Mercosul (Reaf) e abrange a América Latina e Caribe.
Mais de 14 milhões de mulheres que estão nas lavouras, comunidades quilombolas e indígenas, nas reservas extrativistas são protagonistas da agricultura familiar no Brasil: 45% dos produtos são plantados e colhidos por mãos femininas.
Segundo o Censo Agropecuário de 2006, 12,68% dos estabelecimentos rural tem mulheres como responsáveis, bem como 16% dos estabelecimentos da agricultura familiar. Dados que talvez estejam esquecidos da maioria dos brasileiros.
Segundo dados do Censo 2010, as mulheres rurais são trabalhadoras, responsáveis, em grande parte, pela produção destinada ao autoconsumo familiar e contribuem com 42,4% do rendimento familiar. O índice é superior ao observado nas áreas urbanas, que é de 40%. Garantia da produção do alimentos, cuidado das sementes, do manejo ambiental adequado e das águas: o trabalho é feito por elas.
Segundo a FAO, as mulheres rurais cumprem uma série de funções-chave para a segurança alimentar regional, mas enfrentam altas taxas de pobreza, insegurança alimentar e obesidade. Além disso, têm menos acesso aos recursos produtivos como terra, água, crédito e capacitação, fatores que impedem que as mulheres rurais na América Latina e Caribe desenvolvam seu potencial.
Com informações da Agência Brasil e Jornal Tradição
Foto: Elias Wojahn