Santa Cruz do Sul (RS) – No dia 14 de novembro foi realizada mais uma Rota Serrana, quando, quinzenalmente, funcionários da Cooperativa Ecovale, com apoio do Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA), buscam alimentos em propriedades dos agricultores e agricultoras familiares para a comercialização nas feiras e na loja da cooperativa, em Santa Cruz do Sul. A Rota passa em várias propriedades do interior dos municípios de Candelária e de Vale do Sol.
Das nove horas da manhã até o final da tarde, Augusto Weber, técnico agrícola do CAPA, e Brenda Silva, funcionária da loja da Ecovale, percorreramdiversas propriedades de agricultoras e agricultores familiares, que produzem alimentos de base agroecológica. Os produtos vão para as feiras ecológicas da terça e da sexta-feira à tarde e para a loja de alimentos orgânicos e integrais, que funcionam na Rua Thomaz Flores, nº 805, centro de Santa Cruz do Sul.
A Rota Serrana completou 10 anos em março. Até 2008, acontecia uma vez por mês. Com a maior oferta e demanda de alimentos, viu-se a necessidade de fazê-la duas vezes por mês. Na rota desta quinzena, a primeira parada foi na Casa do Produtor Vale-Solense, em Vale do Sol, para deixar alguns produtos a serem comercializados. Depois, na Linha Passa Sete, em Candelária, buscaram banana nas propriedades das famílias Costa, Pereira e Reis.
A Kombi também trouxe para Santa Cruz do Sul farinha de milho produzida pela família Lüettjohann, de Chapadão, município de Candelária, e ovos, fornecidos pela família Schieferdeker, de Linha Fontoura Gonçalves, interior de Vale do Sol. Outros alimentos, como feijão, cebola, alho e bergamota também foram arrecadados. Para a funcionária da Ecovale, Brenda, a Rota é “uma das situações de maior proximidade com agricultoras e agricultores, pois é um ato cooperado e muito interessante”.
É a agricultura que garante os alimentos para o consumo da população e são os agricultores familiares que proporcionam a segurança alimentar e de qualidade para os indivíduos, através de sua permanência no campo, considera Weber. “A agroecologia é uma perspectiva ecológica feita de pessoas, por pessoas e para as pessoas”, salientou.