Conhecer o sistema de certificação participativa da Rede Ecovida e a produção ecológica de agricultores familiares assessorados pelo Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (CAPA): com este objetivo, um grupo vinculado ao Projeto de Agroecologia do Sínodo da Amazônia (Proasa/Rondônia), da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), visitou o núcleo do CAPA em Marechal Cândido Rondon (PR), de 16 a 21 de setembro.
Integrado por Gilberto Laske, Claudineia Felberg, Inelde Vendrúsculo e o técnico do Proasa, Rodrigo Vendrúsculo, o grupo visitou propriedades rurais certificadas pela Ecovida, em Marechal Cândido Rondon e Mercedes, uma agroindústria em Missal e um assentamento que produz de forma ecológica em Diamante D’Oeste. Os visitantes também conheceram a Associação Central de Produtores Rurais Ecológicos (Acempre) e a Feira do Produtor Rural, em Marechal Rondon.
Tanto o CAPA quanto o Proasa são acompanhados pela Fundação Luterana de Diaconia (FLD), que motivou o intercâmbio. A proposta de trabalho do Proasa é semelhante à do CAPA, mas em uma realidade muito diferente, uma vez que a produção agroecológica deve ser adaptada à região Amazônica. As ações do projeto, criado em 2011, atendem a região central de Rondônia, incluindo os municípios de Cacoal, Espigão do Oeste, Rolim de Moura, Pimenta Bueno, Ministro Andreazza e Alta Floresta do Oeste.
Um dos grandes interesses do grupo de Rondônia foi a certificação concedida pela Rede Ecovida, que segue critérios rigorosos para aprovação, sendo reconhecida pelo Ministério da Agricultura. Eles e elas acompanharam o trabalho de recertificação da propriedade de Erci e Lorita Sontag, em Rio do Sul, interior do município de Mercedes, feito por um comitê da Ecovida.
“A certificação garante que a produção segue os parâmetros exigidos para ser considerada efetivamente orgânica, oferecendo qualidade e segurança aos consumidores que optam por alimentos de qualidade na hora da compra”, disse o técnico do CAPA, Marcelo Rohde.
A troca de conhecimentos com o CAPA foi considerada muito positiva. “Ficamos impressionados com a forma de trabalho cooperativo, principalmente no que se refere à comercialização dos produtos, como ocorre na Acempre”, afirmou o técnico do Proasa. “Ainda temos muito por fazer, mas nos sentimos desafiadas e desafiados.”
Texto: Jornal O Presente, de Marechal Cândido Rondon, com Assessoria de Comunicação da FLD/Fotos: Vilmar Saar.